A 10ª Vara Federal Criminal acatou denúncia do Ministério Público Federal de Brasília contra o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, por crimes durante a administração de um fundo de pensão. Além dele, outras quatro pessoas também foram denunciadas por atos de gestão fraudulenta que gerou um prejuízo de R$ 100 milhões.
Demian Fiocca, Nelson José Guitti Guimarães, Geoffrey David e Gustavo Henrique Lins Peixoto são os outros nomes citados, acusados junto com Landim de terem lesado os fundos de pensão Funcef, Petros e Previ.
A denúncia foi apresentada pelo MPF em julho deste ano, e aponta que o FIP Brasil Petróleo 1, fundo gerido pelos executivos, remeteu dinheiro para o exterior. Isso violaria o Regulamento do Fundo, as normas da Comissão de Valores Mobiliários e os deveres de diligência devidos pelos gestores de capital de terceiros.
A ação afirma que o esquema funcionou entre os anos de 2011 e 2016, antes de Landim assumir a presidência do Flamengo. Caso seja condenado, o grupo pode pegar pena de três a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa.
Os cinco homens terão prazo de dez dias para responder à acusação.
Na época da denúncia, a defesa de Landim, Demian Fiocca e Nelson Guimarães, negou irregularidades.
— Os gestores estranharam o oferecimento da denúncia. O referido invetimento estava de acordo com a política de investimentos do FIP; cumpriu todos os procedimentos previstos; e foi fundamentado à época por parecer de jurista independente especializado em fundos de investimento e mercados de capitais — afirmou o advogado Ricardo Pieri Nunes