Quem acompanha o Bahia no Campeonato Brasileiro parece viver um looping com as campanhas do time. Pelo segundo ano consecutivo, o Esquadrão chega na reta final da Série A lutando para evitar um rebaixamento.
A derrota de 2x1 para o Atlético-GO, com direito a gol sofrido aos 47 minutos do segundo tempo, tornou a vida do tricolor mais difícil. A equipe foi ultrapassada pelo Juventude, que venceu o Red Bull Bragantino ontem, caiu para 17º lugar e agora não depende somente das próprias forças para escapar da Série B 2022.
Restando apenas mais três jogos para o fim do Brasileirão, o drama atual do Bahia é o mesmo que os torcedores viveram há menos de um ano. O clube iniciou 2021 travando luta na parte de baixo da tabela pelo Brasileirão de 2020 - o torneio foi estendido por causa da pandemia da covid-19 e só foi finalizado em fevereiro deste ano.
Ao fim da 35ª rodada, o Bahia era o 16º colocado, mas com três pontos a menos do que tem hoje. Na ocasião, o Vasco era o primeiro time dentro da zona, com a mesma pontuação do clube baiano. O cruzmaltino acabou rebaixado, enquanto o tricolor se livrou da queda após empatar com o Atlético-MG e golear o Fortaleza, ambos fora.
O caminho para o Bahia conseguir se salvar desta vez é bem parecido, mas o desafio será muito maior do que foi na temporada passada. Nesta quinta-feira (2), o Esquadrão encara o Atlético-MG, às 18h, em casa. O alvinegro é o líder do Brasileirão e pode conquistar em Salvador a taça de campeão. Por isso, vencer na Fonte Nova não vai ser nada fácil.
Na sequência, o time baiano enfrenta o Fluminense, domingo, também na Fonte Nova, e encerra a participação na quinta-feira da próxima semana, contra o Fortaleza, na capital cearense. Em comum entre os dois últimos adversários está a briga por uma vaga na Copa Libertadores. Logo, todos os rivais do tricolor até o fim do torneio têm objetivos dentro da competição - isso pode mudar caso o Fortaleza garanta a vaga antes.
Pela matemática, o Bahia precisa ainda de seis pontos em nove que vai disputar. Este ano, a linha de corte será maior do que a da temporada passada, quando o Fortaleza conseguiu se manter com os mesmos 41 pontos do rebaixado Vasco.
“O momento é de buscar fazer o melhor nos três jogos. Esse jogo passou. Esse a gente não vai, expondo aqui o que erramos, fazer com que reverta a situação. A reversão da situação são os próximos três jogos. Neles que podemos somar pontos”, analisou o técnico Guto Ferreira após a derrota em Goiânia.
Drama constante
Desde que voltou a disputar a
Série A, em 2017, o clube convive quase sempre com a luta contra o
rebaixamento. Os únicos “momentos de paz” foram no segundo turno de
2017, ainda no mandato de Marcelo Sant’Ana, e durante o primeiro turno
de 2019, já na gestão de Guilherme Bellintani, quando terminou os 19
primeiros jogos na sétima colocação. Mas no segundo turno o rendimento
caiu de forma drástica e o time não foi rebaixado graças ao desempenho
da primeira parte.
Para a atual temporada, a diretoria prometeu uma reformulação significativa no elenco, mas abusou dos erros nas contratações, o que explica a posição que o clube ocupa na classificação.