Flamengo e Athletico Paranaense jogam a final da Libertadores de 2022, no próximo sábado, 29, a partir das 17h (de Brasília), em Guayaquil, no Equador. O encontro de rubro-negros marca a terceira decisão consecutiva entre brasileiros. O time carioca busca o tricampeonato, enquanto o Furacão sonha em conquistar a América pela primeira vez.
O jogo acontece no Monumental de Guayaquil, e a Conmebol espera 40.000 pessoas presentes. A esmagadora maioria do público brasileira será flamenguista, tendo em vista que torcedores do Athletico adquiriram, até o momento, menos de 2.000 entradas, segundo informações do site ge. A entidade que gere o futebol sul-americano ainda busca formas de atrair público (a capacidade do estádio é para 59.000) e faz promoções para o público equatoriano.
Como chega o Flamengo
Mais tradicional e em melhor momento, o Flamengo viajou como favorito a ficar com a taça. Invicto há oito jogos, o time de Dorival Júnior conquistou recentemente a Copa do Brasil, ao bater o Corinthians nos pênaltis, e vai em busca de mais uma glória.
O aspecto negativo é a defesa frequentemente vazada. Nas últimas dez partidas, o Flamengo sofreu 11 gols, tendo passado ileso em apenas três. Por outro lado, o ataque, repleto de estrelas, vem funcionando: marcou 16 vezes nesses jogos.
Principal esperança de bola na rede, Pedro tem 29 gols na temporada, sendo que 12 foram na Libertadores, o que já garante a ele a condição de artilheiro do torneio, tendo em vista que o finalista mais próximo no ranking é Gabriel Barbosa, com cinco. O camisa 9 rubro-negro, que marcou nas duas últimas finais disputadas pelo Flamengo (2019 e 2021), tem o retrospecto a seu favor. Outro destaque em números no ano é o uruguaio Arrascaeta, que já soma 19 assistências.
Dorival Júnior tem desfalques confirmados para escalar o time para a final, mas não surpresas. Guillermo Varela, lateral-direito reserva, teve lesão muscular confirmada e se junta ao zagueiro Rodrigo Caio e o atacante Bruno Henrique, que só retornam em 2023. Arturo Vidal, que realizou drenagem no tornozelo direito, já voltou aos treinos e deve ser relacionado “no sacrifício”. O volante titular Thiago Maia, que se queixou de dores no joelho, já está recuperado e joga no próximo sábado.
Como chega o Athletico Paranaense
Vice-campeão da Libertadores de 2005, o Athletico se desenha como uma das novas potências do continente. Porém, para este jogo, chega como azarão. Somando quatro derrotas, dois empates e apenas duas vitórias nos últimos oito jogos, o Athletico vê a vaga na Libertadores de 2023 via Campeonato Brasileiro ser ameaçada, enquanto o foco é na decisão deste sábado.
Chegando à decisão com a defesa frágil – fugindo do estereótipo dos times de Luiz Felipe Scolari -, o Athletico sofreu 17 gols nos últimos dez jogos. Entretanto, o ataque é uma esperança para o torcedor paranaense, tendo em vista que o time não sai de campo sem balançar as redes há seis partidas.
Destaque do Furacão, o meia-atacante David Terans é a principal esperança ofensiva do elenco, somando 14 gols e 8 assistências no ano. O uruguaio, que é um dos pré-convocados da Celeste para a Copa do Mundo, é o líder do Athletico em passes para gol, grandes chances criadas e passes para finalização nesta Libertadores, segundo o site de estatísticas Sofascore.
Apesar de não ser titular absoluto, Vitor Roque é outro nome que faz todo atleticano esperançoso. O jogador de 17 anos tem dois gols na competição, um nas oitavas e outro nas quartas, e uma assistência, na semifinal. Fora do ataque está outro nome importante no ano do Athletico, Abner Vinícius. O lateral-esquerdo de 22 anos foi titular 11 vezes na Libertadores deste ano e, ainda que jovem, é uma das referências do elenco.
Felipão conta com três desfalques certos para a decisão: Julimar, Reinaldo e Marcelo Cirino. Além dos jogadores que já estão fora, as dúvidas na escalação do treinador são por questões táticas e técnicas. Scolari afirmou que espera reforçar o meio-campo para parar as estrelas do Flamengo, o que acarretaria na saída de um jogador ofensivo.