Nos anos 1970, os Estados Unidos tentaram popularizar o futebol entre a população montando o Cosmos, um time sediado em Nova York com estrelas do calibre de Pelé e Beckenbauer. Não deu certo. O atual time da badalada metrópole na Major Soccer League, New York City Football Club, é modesto e não tem estrelas do porte de Messi, protagonista do Inter Miami. Mas a cidade está empenhada em dar uma nova casa ao clube do defensor brasileiro Thiago Martins.
Nesta quinta-feira, 11, as autoridades da cidade de Nova York aprovaram um plano para construir um estádio com 25.000 lugares para o New York City Football Club próximo ao estádio do New York Mets, o Citi Field. A arena de 780 milhões de dólares, com inauguração prevista para 2027, irá ancorar um projeto de redesenvolvimento do bairro de Willets Point, que também incluirá habitações, uma nova escola pública, lojas de varejo e um hotel.
A Câmara Municipal aprovou o novo estádio após décadas de esforços fracassados para remodelar o bairro. O local será o primeiro da cidade de Nova York dedicado ao futebol profissional. O NYCFC, que venceu o campeonato da MLS em 2021, atualmente joga em casa no Citi Field ou no Yankee Stadium, no Bronx. Os vizinhos do novo estádio de futebol incluirão o Billie Jean King National Tennis Center, onde é disputado o US Open.
Autoridades municipais disseram que o estádio será financiado de forma privada pelos proprietários do NYCFC, que incluem os Yankees e o xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, dos Emirados Árabes Unidos, proprietário do Manchester City Football Club. Mas o Escritório de Orçamento Independente da cidade concluiu que o custo real do estádio para os contribuintes poderá ser de 516 milhões de dólares, distribuídos ao longo de 49 anos — duração do contrato de arrendamento do NYCFC.
A análise se baseia no que a cidade teria recebido em impostos sobre a propriedade se tivesse vendido o terreno aos incorporadores do estádio em vez de alugá-lo. A equipe de desenvolvimento inclui as empresas Related Companies e Sterling Equities, que é parcialmente controlada pela família Wilpon, proprietária do Mets.
“A parceria que envolve o aluguel do terreno para a construção do estádio tem fundamento mais que razoável”, diz Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports, empresa controlada pelo cantor Jay-Z. . “Ela dá uso a uma área até então inutilizada, faz com que gere receita, e cria uma cadeia de investimentos que beneficia toda a cidade, no curto e longo prazo, que não existiria se o terreno tivesse que ser vendido para a construção do estádio. No âmbito esportivo, é um investimento que pode ser tido como tardio, dado o que a liga americana já movimenta, e o que a cidade representa não só para o país, mas para o mundo, especialmente após ser definida como sede da final da Copa de 2026”.