A negociação iniciado por Lúcio Barbosa na semana passada, paralelamente ao acerto com o Álvaro Pacheco, vem sendo entabulada com o empresário Giuliano Bertolucci. Philippe Coutinho tem contrato com o clube catariano até junho (com a possibilidade de mais 12 meses) e um último ano a cumprir com os ingleses. Os dirigentes do Aston Villa falam em multa rescisória de € 5 milhões, mas como o meia tem saldo a receber, e quer voltar ao Vasco, o acordo depende de boa conversa e paciência.
A tentativa de recuperar a gestão através do controle da SAF, hoje em poder da 777, não é corrida de fundo, como pensam alguns. A prova é de resistência e especialistas no direito comercial atentam para possibilidade de o imbróglio se arrastar em batalhas judiciais, enfraquecendo a possibilidade de novos acordos comerciais. A diretoria administrativa deu passo arrojado, com cautelar judicial que suspende efeitos do contrato entre as partes. Mas a 777 recorrerá, e fala em ação arbitrária.
O presidente Pedro Paulo, o ídolo Pedrinho, foi muito bem em sua fala na coletiva, ocupando o espaço deixado pelo silêncio dos representantes da empresa. A SAF segue as práticas de comunicação empresarial dos americanos, se cala mesmo num cenário de incertezas e deixa o torcedor tonto, sem saber quem de fato tem a razão. De novo: nos bastidores do direito comercial é consenso que a briga, ainda sem um motivo justificável, não fará bem aos interesses do clube no âmbito da competição.
Se os americanos se virem obrigados a depositar em juízo os R$ 300 milhões da integralização do lote das ações previsto para setembro, o fluxo de caixa e a capacidade da SAF para novos investimentos ficam seriamente comprometidos…