O julgamento do atacante Gabigol, do Flamengo na Corte Arbitral do Esporte (CAS) estaria previsto para a próxima sexta-feira (7). Porém, em virtude de um pedido da União Federal, ele foi adiado, com previsão para o segundo semestre deste ano.
A UF é parte do processo, e agiu sob o pretexto de não ter sido notificada, não conseguindo assim delegar um árbitro para a audiência. Assim que Gabriel desembarcou na Suíça, ambas as partes foram informadas do adiamento. Estavam presentes no país o atleta, seus representantes e o advogado Bichara Neto, que chegou ao local um dia antes.
O julgamento na CAS consistiria em três árbitros participando, sendo: um indicado pela defesa do atleta, um pela ABCD (Associação Brasileira de Controle de Dopagem) e outro pela própria entidade, leia-se o presidente da mesa. O epicentro do impasse é ainda na parte do julgamento do efeito suspensivo, quando os custos dessa ação na CAS devem ser divididos igualmente entre as partes.
A ABCD acabou não arcando com os custos que lhe cabiam e perdeu o prazo para indicar o representante. A defesa de Gabigol, por sua vez, pagou o valor necessário para prosseguimento da ação. Os indicados foram dois ingleses e um suíço. Daí, o efeito suspensivo foi concedido por unanimidade e o atacante pôde retornar aos gramados. A associação iria participar da sessão por videoconferência, já que a ida para a Suíça não era obrigatória.
COMO SERIA O JULGAMENTO DE GABIGOL?
O julgamento desta sexta seria exatamente nos mesmos moldes do anterior, com a participação da mesma equipe de árbitros. A ABCD solicitou o adiamento sob a justificativa de um dos árbitros não ter sido indiciado na acusação. Durante ela, a equipe de juízes iria analisar as provas, colher depoimentos do jogador (que é tido como crucial) e das testemunhas. Sem data marcada, há apenas duas saídas: o camisa 99 ser absolvido ou cumprir a pena até abr/2025, segundo decisão do Tribunal de Justiça Desportiva Anti-Dopagem (TJD-AD).