Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Júnior e Endrick. Talvez seja mesmo a formação mais indicada para iniciar a preparação da seleção brasileira visando aos dois amistosos que antecedem a Copa América, agora em junho e julho. Oito jogadores que estiveram na última Copa do Mundo, em 2022, e com o ataque formado por dois campeões europeus ao lado de uma das mais gratas revelações do futebol brasileiro.
Não sei se será mesmo este o time que Dorival Júnior levará a campo no curioso Kyle Field, em College Station, no Texas - e curioso porque o estádio, inaugurado em 1927, tem capacidade para mais de 102 mil espectadores e pertence à Texas A&M University, que abriga o time de futebol universitário Texas A&M Aggies. Mas é “futebol americano”, e não o soccer, que aqui nós chamamos de “futebol”. Reparem na capacidade: nada menos do que 102 mil espectadores. Um espetáculo.
De volta ao confronto com o México, neste sábado (7): Dorival tem feito testes e ao que tudo levar a crer vai mesmo com o trio de marcação que fez boa temporada na Premier League: João Gomes (Wolverhampton), Bruno Guimarães (Newcastle) e Lucas Paquetá (West Ham). Com a dupla do Real Madrid (Rodrygo e Vini Júnior) pelos lados, e Endrick, já jogador de Carlo Ancelotti, movimentando-se em meio aos zagueiros adversários. É um sexteto interessante que nos vende boas ilusões.
Só não entendo é o porque de Dorival Júnior, Rodrigo Caetano e até o presidente Ednaldo Rodrigues, que se vende como entendido de futebol, não aproveitou a fase positiva de Vini Júnior dando ao favorito na eleição de melhor do mundo a mítica camisa 10 da seleção brasileira. Sei da preferência do jogador pela 7, e reconheço que em termos técnicos a 10 está bem entregue a Rodrygo. Mas tem horas em que é preciso enxergar as nuances que eternizam a paixão por este esporte.
A seleção brasileira tem a necessidade de se reconectar com as melhores referências de sua gloriosa história, e Vini Júnior emerge como um símbolo da nova era: vencedor, talentoso, carismático, raiz e com uma aura de filho abençoado daqueles que a mãe pátria se orgulha e venera. Oportunidade para lembrar das palavras de Johan Cruyff a Romário que ao chegar ao Barcelona pediu para vestir a camisa 11 do clube catalão: “No meu time, o craque veste a 10”, disse o holandês.