Flamengo e Prefeitura do Rio saíram satisfeitos do primeiro encontro para debater a construção de um estádio próprio do clube na cidade. A reunião entre o prefeito Eduardo Paes e o presidente Rodolfo Landim aconteceu no domingo, e houve avanços no diálogo.
Landim, que estava acompanhado do CEO Reinaldo Belotti, apresentou os projetos do Flamengo e os terrenos que o clube pretende visitar para entender a viabilidade para a nova casa. Do lado do prefeito, Paes se mostrou disposto a colaborar e verificar a viabilidade dos espaços.
Como se sabe, um dos temas do encontro foi a possibilidade de o Flamengo construir o seu estádio no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Quando o assunto se tornou público, Paes anunciou que o terreno é privado. Ao GLOBO, o prefeito alegou que a ele caberia dar a autorização da construção da estrutura, o que ele não se oporia. E isso se confirmou nas conversas.
O local também pertence ao Governo Federal e a empresas privadas, mas o Flamengo entende que não haverá dificuldade no diálogo com Brasília. Com a autorização da Prefeitura para avançar, o clube agora fará o dever de casa, que é buscar a viabilidade econômica do projeto e falar com as empresas. O terreno e os aparelhos no Parque Olímpico pertencem a cinco entidades. São elas: governo federal, Prefeitura do Rio, concessionária Rio Mais, Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a empresa GL Events.
Mas o terreno do Parque Olímpico não é o único sob a mira do Flamengo, que também voltou a considerar o local na Barra da Tijuca onde havia o parque Terra Encantada. Outras áreas na Zona Oeste são analisadas nos estudos.
Pela planta do Parque Olímpico, o local onde há espaço para um estádio ser erguido é onde estava o parque aquático, que fica à direita de quem entra no espaço. Essa região atualmente está vazia e fica do lado oposto às arenas e velódromo. Cabe ao Flamengo conversar com a concessionária Rio Mais, que é dona do terreno. Mas há anos eles querem se livrar do espaço.
O governo federal já tentou privatizar o parque e não conseguiu. Talvez, a depender do tamanho do projeto, o clube também teria que negociar com o governo federal o uso de parte do complexo de tênis, que tem quadras de aquecimento. O Maria Lenk e a Jeunesse Arena, por serem equipamentos que ficam mais distantes, não interfeririam no projeto.
O Flamengo segue com a pauta a todo vapor na Gávea em meio a discussões sobre a concessão definitiva do Maracanã, que ganhou um elemento de insegurança jurídica, depois que o Vasco ganhou na Justiça o direito de usar o estádio a revelia de Flamengo e Fluminense, os permissionários.